Quais sinais clínicos o animal apresenta quando tem doença do coração?
Tosse excessiva
Na maioria dos casos inicia porque o coração aumenta de volume e pressiona a traqueia dentro do tórax, desencadeando o reflexo de tosse. A tosse é um sinal presente em diversas doenças, inclusive respiratórias e sua diferenciação deve ser minuciosa e se possível embasada em exames complementares.
Falta de Ar
A falta de ar (dispnéia) acontece porque normalmente fluídos ocupam o espaço alveolar e impedem que a troca gasosa ocorra. (Troca de gás carbônico do corpo por oxigênio atmosférico). Este evento é conhecido como edema pulmonar, e representa um dos maiores riscos aos cardiopatas, pois está situação é incompatível com a vida. A dificuldade circulatória presente em muitos pacientes também contribuí para o grau da dispnéia.
Língua roxa
A dificuldade de trocar gases leva ao acúmulo de metahemoglobina (hemoglobina sem oxigênio) no sangue, essa tem cor azulada e as mucosas e a língua podem ficar com aspecto azulado/ roxo (Cianose). A esse evento damos o nome de cianose.
Desmaio
Desmaios (Síncope ou colapso) ocorrem porque a demanda do cérebro não pode ser atendida pelo sistema circulatório. Diversas são as origens dos desmaios, com algumas causas sendo a hipertensão pulmonar, o baixo débito e as arritmias.
Cansaço fácil
O coração é uma bomba que precisa fazer o sangue circular pelos tecidos que demandam oxigênio. Durante o exercício muitos músculos demandam porém um coração doente é incapaz de entregar a demanda corpórea e com isso o paciente se cansa facilmente quando tenta se mover.
Sopro (ruído cardíaco)
O coração é formado por músculos que ejetam o sangue quando contraem coordenadamente, também é formado por valvas que regulam a direção que o sangue pode tomar. Quando as válvulas não se encontram perfeitamente durante o fechamento uma quantidade se sangue “vaza” durante a contração. Durante o “vazamento” o sangue é ejetado em alta velocidade e com isso produz um ruído, chamado de sopro. Esse ruído pode ser normal em humanos, mas nunca em cães ou gato e deve sempre ser investigado com exames complementares.